segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Linces ibéricos introduzidos em Portugal já vivem livres


Os primeiros dois linces ibéricos criados em cativeiro e introduzidos em Portugal começaram, esta segunda-feira, a viver livres na natureza, após terem sido abertas as portas do cercado onde foram libertados no passado mês de dezembro em Mértola

O casal de linces ibéricos, constituído pela fémea Jacarandá e o macho Kathmandu, tinha sido libertado no passado dia 17 de dezembro num cercado de solta branda, no Parque Natural do Vale do Guadiana (PNVG), no concelho alentejano de Mértola, onde viveu, numa primeira fase e até hoje, num período de aclimatação, acompanhado por técnicos.

As portas do cercado "foram hoje abertas" e os dois linces ibéricos "já andam livres na natureza" e "podem agora percorrer livremente o território, dispersando do local de aclimatação", situado numa propriedade privada e zona de caça turística, refere a Associação Nacional de Proprietários Rurais Gestão Cinegética e Biodiversidade (ANPC), num comunicado enviado à agência Lusa.
A ANPC congratula-se com o "momento histórico" da "libertação efetiva na natureza" dos dois primeiros linces ibéricos criados em cativeiro e introduzidos em Portugal, no âmbito da reintrodução da espécie no país.

Segundo a ANPC, trata-se dos "primeiros dois de vários" linces ibéricos que "serão introduzidos em Portugal no decorrer dos próximos meses", depois de já terem sido libertados em Espanha "várias dezenas" de exemplares da espécie criados em cativeiro.
A ANPC enaltece "a forma como o processo tem estado a ser conduzido" pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e pela equipa do PNVG com o envolvimento de vários técnicos e especialistas que seguem os dois linces libertados em Mértola e que estão "em busca de um território para se instalarem".

"Existe ainda esperança de que a fêmea possa ter engravidado durante o período de aclimatação, que coincidiu com o início da época de reprodução, e que a primeira ninhada de linces nascidos em Portugal na natureza, depois de várias décadas sem qualquer registo confirmado, possa estar para breve", refere a ANPC

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